quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Beija-Flor

Coisas acontecem e mudam os planos, os planos mudam quando certas coisas acontecem.

Em te ver, senti o que não consigo explicar
A tua presença acelera meus batimentos
Na defensiva vivia, enganar tentei os sentimentos
Por mais distante, o pensamento ia te buscar

Emoções adormecidas, por ti se fez acordar
De toda razão, necessidade já não há intentos
Um sorriso, despiu-me de ressentimentos
Os sonhos guardados se fez projetar

Vivo ensaiando frases para anunciar
Pra quê receios, só nos levam  aos lamentos
O que se travou, você fez todos os destravamentos
Quero dizer o que sinto, mas só poucas palavras há a balbuciar.

sábado, 9 de julho de 2011

A Fusão: Férias-Falta de dinheiro.

Acordo mais um dia, depois das 10 da manhã, afinal, férias são pra essas coisas. Depois do café começo a pensar em como conseguir ficar rico, ganhar muito dinheiro, bem, seria fácil se os bancos nos emprestassem dinheiro a juros mais baixos que o juros que eles nos dão nos investimentos de renda fixa, CDI, entre outros. Se o BNDES você tão generoso conosco, cidadãos desprovitos de fundos tão elevados, assim como é para os já milionários, magnatas. Feliz daqueles que já o são de fato.
O banco as vezes não te empresta dinheiro porque não vê rentabilidade no seu investimento, e não há garantia de retorno. Mas o nosso banco agora como em outros tempos, irá gastar o nosso dinheiro em um investimento valoroso para o amissíssimo Abilio, fato não inédito nem a Abilio e nem nas operações dessa instituição, iremos gastar aluguns milhões, ou melhor, Bilhões, só uns R$4,5 BI. E o Abilio que já derrubou familiares pra não perder o poder no grupo Pão de Açúcar, agora tentar burlar o acordo feito com o grupo Casino, em que os seus sócios assumir o controle do grupo CBD, e o seu Abilio perder a sua cadeira. O carrefour que teve suas contas negativas no Brasil quer  vender suas operações aqui no país, bem até aí normal, agora o que o BNDES tem haver com isso, não é um negócio social, foge da política do banco. Abilio que quando estava quebrado foi "socorrido" pelo grupo francês Casino, agora que burlar o contrato em que o grupo francês teria o controle do Pão de Açúcar no próximo ano, e para isto recorre agora a um outro grupo francês e concorrente do Casino, o Carrefour, que passaria a ter 50% do controle dessa nova empresa, em um negócio que se diz tão lucrativo, o governo é quem tem que financiar, o Carrefour ano passado teve um rombo de mais de um BI em suas operações aqui no Brasil, aonde está a rentabilidade desse negócio? Bem num país em que empresas são financiadas e multiplicam suas riquezas em tão pouco tempo, com contratos com o governo, não dá pra saber o irá acontecer, sem contar que nessa operação há o envolvimento do Palocci, o maior consultor desse país.
A Projeto faturou 10 milhões entre novembro e dezembro, depois da eleição da Dilma em que o Palocci esteve envolvido, mas tudo por acaso.
A Gamecorp que acumulava prejuízos de R$8,7 milhões e dívidas de R$ 5milhões e mesmo assim não parava de receber investimentos da Telemar "OI", que depois de uma decisão de governo passou a ter a OI como seu maior cliente, mais uma negociação com dinheiro do BNDES, e o Lulinha, sócio da Gamecorp, também por acaso. Em 2009 a Gamecorp recebeu só R$ 3,6 milhões da OI, ah, em 2002 o Lulinha e o Luis Claúdio eram só estagiários, aí depois disso, houve umas revira-voltas na vida dos dois.
A Forma Construções, que depois de dois anos da sua criação com um capital de R$60 mil, já somava uns trocados em torno dos R$50 milhões, um pequeno crescimento de 86.500%. Como os filhos dos políticos sabem multiplicar seus patrimônios, ah ele recebeu só R$ 450 mil da SC Carvalho Transportes e Construções beneficiária de recursos do Ministério dos Transportes, num negócio bebuloso e que está sob investigação, além de receber mais uns R$3 milhões do Fundo da Marinha Mercante em negócios rentáveis, fundo também administrado pelo Ministério dos Transporte, isto em 2007, e em 2008 mais uns R$4,2 milhões, e por acaso o ministro dos Transporte era Alfredo Nascimento, que por acaso é pai do Gustavo Morais Pereira, que por acaso é dono da Forma Construções.
Bem, como meu desenvolvimento ainda não é beneficiado pelo BNDES, eu fiquei aqui lendo e cheguei a conclusão que, mesmo não recebendo dinheiro do BNDES, vou colocar meu Corpo em frente ao Game, da Forma ao meu time na liga, fazendo as Contruções dos dias das minha férias conforme o meu Projeto de férias. Sem incentivos fiscais.

sábado, 21 de maio de 2011

Dos primórdios até hoje em dia...a tolice da pureza!


Da época das aulas de História, dos tempos bons, em que ficava a imaginar aquelas guerras dos livros, e que chegava a pensar, no auge da inocência, que aquelas guerras podiam nem ter acontecido, talvez fosse só história, e isso justificasse o nome da matéria. Lá nos confins do interior da Bahia, regado de muito sol e na companhia de muita poeira, me sentia agraciado por não ter vivido época das guerras, que era somente coisa dos livros. Um trabalho de escola, um debate...
Enquanto houver homens que acreditem numa nação "étnica-pura", uma só religião, haverá guerra, enquanto houver guerra não existirá a paz. No Oriente Médio onde se faz da fé escudo para a execução da barbárie, enquanto se usar do terror como meditas anti-terroristas, os conflitos ão de se perpetuar. Um país que tenta, não dominar o outro, o seu povo, seu território, seu petróleo, não colonizar, mas tenta exterminar uma raça, pois só a humilhação não é o suficiente, então, se destroem casas, centros culturais, estradas, derrubam todas as árvores possíveis, corta-se o fornecimento de energia, a agua, desumanizam um povo e o mundo assiste aos episódios midiáticos. Israel tentar eliminar os palestinos, uma espécie de Holocausto, os EUA uma vez com George W. Bush, apoiara Sharon afim do petróleo barato, para isso inventaram conspirações, bombas químicas, terrorismo, e usam da velha máxima popular, "o ataque é a melhor defesa", e se dão carta branca. Eis que o Barack Obama surge com mais uma novidade na diplomacia americana, em seu último discurso. Todavia, sozinha, a posição de princípio não muda muita coisa, contudo, o presidente americano pode até querer um dia apostar no diálogo entre palestinos e israelenses, mas sabe que, a um ano e meio das , eleições, não é este o momento certo para pressionar Israel, sob o risco de perder votos decisivos, afinal, seu momento político não é lá dos melhores apesar do caso Bin Laden, porém, foi o reconhecimento da urgência de duas questões específicas do conflito: o status final de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos, o que mais chama atenção, coisa impensável na era Bush. Palestinos, humilhados, encurralados, se enxergam sem saída, e aí está o "perigo", a extensão dos conflitos, pois como já dizia Sun Tzu "-Quando o inimigo estiver sem saída, lhes dêem uma saída, ou então, perderá milhares dos seus com a resistência". Como escreveu Otávio Paz: "Num mundo fechado e sem saída, no qual tudo está morto, a única coisa que vale é a morte"... e ão de multiplicar os mártires. De um lado, a Fundação violenta do Estado de Israel, e do outro, o terrorismo...ambos agem erroneamente, o diálogo parece não caber neste roteiro.
Que os estadistas, governantes, diplomatas, que encontrem um caminho, leve à soberania a todos os povos. pois se não. até quando poderemos nos chamarmos de "nos?". Usem da razão e sigam o coração, a lembrar: "O coração, que estará sempre do lado da vida, ele nos diz que é melhor viver e viver juntos ainda que separados, do que morrer um pela mão do outro no ódio.*" Com uma atitude simples, como pedia Bob Marley, "Se todos se derem as mãos, quem sacará as armas?"..., o mundo seria abraçado, e eu tão somente veria esses assuntos em trabalhos e debates escolares.


*Un très proche Oriente, Paroles de Paux.
Imagem 1 do site pyndorama.com
Imagem 2 do site blig.ig.com.br/geomarcelocoelho

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Colonizado, mas Chique!




Metrô aqui!
Muito se critica da colonização do Brasil pelos portugueses, dizem ser o motivo de tanto atraso, mas como colonizador, os portugueses trouxeram progresso ao país(colônia), apesar dos motivos da vinda da corte portuguesa para o Brasil não ter sido, assim por dizer, uma busca de progresso para a colônia. Bem...governos quando querem tomar conta de um país, nação, logo tentam dominar a imprensa e todo tipo de mídia, é um meio mais fácil de passar uma imagem surreal dos fatos, afim simplesmente de manipular as informações, não que seja necessário mentir, porém a omissão dos fatos já são suficientes. Logo vem a imposição de cultura, religião, e a língua como meio de colonizar que passa despercebido e exerce grande poder e influência, e que geralmente penetra numa sociedade sem que a mesma perceba e esta nem se vê como tal. Se há uma resistência no colonizado, há também uma admiração. Assim como no Brasil-colônia, em que os burgueses admiravam os portugueses(europeus), e desejavam tudo que de lá vinham, e de tudo faziam para ter reconhecimento da elite européia e poder usar suas falas, roupas e se sentirem mais importantes, o que hoje acontece ainda, mas muito mais com os americanos, e muito se critica os americanos por quererem dominar o mundo, por impor seus ideais onde quer que seja, porém, o que mais se vê, são pessoas da elite brasileira fazendo de um tudo para receber elogios de americanos e mais que a elite, a população querendo falar a língua americana(tudo bem que seja a língua "universal")(falar inglês é mais que globalização, trás status), todavia, ainda não aprenderam nem o português brasileiro e o que é pior desprezam a língua mãe. Deveriam copiar dos americanos o patriotismo, pois isso é o que faz deles o império que são. Não incomum é ver em lojas, shoppings...anúncios do tipo; "sale, 50% off, outlet, etc...", liquidação é para o pobre. Os americanos colonizam as mentes nacionais através da língua, e o povo do século XXI, assim como no tempo da colônia acha chique ser colonizado só não se admite como tal. E esse colonialismo vive tão impregnado no modo de ser, agir e pensar, que só se quer o que não tem, o que é do próximo, o que não se pode ter, o status continua a ser o desejo maior das "civilizações", como fora na época de Dom João(Luís, Nero, FHC, Dilma...). Deste modo os milionários vão colonizando os ricos que por sua vez vão colonizando as "classes médias"(classe da moda entre os pobres do país, objeto de desejo) e essas vão colonizando os pobres. Não faço campanha ao Xenofobismo que vez ou outra fica em "moda", pelo contrário o repudio, afinal, o estrangeirismo trás muitos benefícios, o problema não é a admiração ao estrangeiro e sim a falta de admiração com o vernáculo e a pátria mãe(pelo menos respeito). O ser colonizado está mais explícito em nossas atitudes do que imaginamos, assim andar de metrô em Nova Iorque ou Londres é chique, já no Brasil...(Brasileiro no metrô de Londres é "gente elitizada", no metrô do Brasil #gente diferenciada").

Metrô lá!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para o momento faltou o Da Vinci!


Quando ali postado ao lado encostado no batente da porta da cozinha, a admirar a conversa de neto e avó, coisa rara para os nossos dias, a conversa ia de assuntos corriqueiros, desde novelas, a parentes, distantes e próximos, a animais e roça, e a fumaça continuava a sair do fogão à lenha e tomar conta da cozinha nos transportando ainda mais para o clima bucólico, coisa de interior e que tinha a graça da singularidade de cada caipira no modo de conter a fumaça, a bem dizer que ela ainda espantava os pernilongos visto que repelente ali era coisa de gramfino e que ali todos estavam distante dessa condição, porém, à mesa estava dois pães e um pedaço de bolo, e ali se aprenderia o dom da multiplicação, do trabalho em equipe e do respeito, coisas de culturas tão diferentes e vivenciadas em conjunto por assim dizer. O sol latejava no chão do quintal, e por entre as plantas ia fazendo a sua peneira por todo o terreno, pássaros nas gaiolas a cantarem, mais pela vontade de sair, poder voar de galho em galho, do que pelo sol visto de dentro das gaiolas, pois a graça aos olhos alheios era seu mais terrível sofrimento. Se vira o amigo a cortar o pão não fora por acaso, cada um em dois pedaços e o bolo em quatro, e a cada pedaço ia se dando o nome de cada morador daquela casa, de cada membro daquela família, situação unica, jamais presenciada no seu próprio lar, visto que cá em seus territórios haveria discussão até para buscar o pão ainda que fosse dois pra cada membro da sua família, a briga persistiria e aquele dia não mudaria o cotidiano em seu lar, porém...depois de partidos todos os pedaços e os nomes dados a todos, eis que ele pega o com o seu nome e o oferece um pedaço, e esse seria o pedaço do pedaço do pedaço do bolo, e se não aceitou não foi pelo pedaço e sim pelo que o deixara perplexo, coisa nunca vista, divisão tão bem executada e sem desavença, como aquilo fora possível, como aquilo acontecia entre humanos, parecia impossível de acreditar...uma espécie de que nem vendo acredito...ele saboreava o seu pedaço e insistia para que aceitasse pois estava muito bom, não aceitar era se pôr em seu lugar e entender que aquele tipo de respeito e cuidado ainda não lhe cabia, a saber que os de cá não o fariam daquela forma, alguém comeria um pão ou até os dois, o outro bolo e alguém ou uns dois ficariam a mercê da fome...não necessitava daquele pedaço de bolo, mas sim do aquele pedaço de bolo passara a representar em seus dias, e que o significado de família e amizade era muito além do que compreendia até aquele momento, e que a fartura está em atitudes de benevolência, e que lembrar dos outros não é só sentir saudades e sim cuidar em cada ato de "pouca importância", nunca não duvidar do óbvio...não transforma-se vinho em água, nem tampouco água em vinho...aprendera que um pedaço de bolo não mataria a fome de quatro pessoas, mas que cada pedaço daquele bolo tornaria cada um melhor que antes, que cada pedaço de pão naquela casa tornava o emprego da palavra família ali mais adequado do que em qualquer outro lugar em que estivera até aqueles dias, que para ser melhor não precisaria comprar todos os bolos do mundo ou todos os pães do planeta, vira que era preciso tão somente dividir, e que esta era mais acessível e menos tentador na inversão da multiplicação, e sem que lhe fosse dita uma palavra com tom de ensinamento, aquele - Quer um pedaço? mostrara mais que os olhos pudessem enxergar, que ele sairia dali com a sensação de aprendizagem saciada, e orgulho pelo amigo aumentado e por aquela família também, e ele com a fome amenizada pelo pedaço de bolo...pelo trago de pão molhado no café que por essas alturas exalava o seu cheiro por toda a casa e disputava na cozinha espaço com a fumaça, o pedaço de pão, pedaço de bolo, raios de sol que entravam pela janela e refletiam no fogão à lenha na busca pelo café, o cantar dos pássaros que invadiam com maior fervor a cozinha, um neto, uma avó, um amigo...que se ali fosse noite seria a grande ceia, senão fosse cético seria santa, que se casa não fosse estábulo seria...tudo ali constituia um quadro quase perfeito do que deveria ser o homem. Talvez nem Michelangelo e nem Da Vinci conseguisse imprimir o que ali se passava, talvez com um Silk Screen passasse a catarse da sua alma, talvez...dias raros!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mundo melhor é você.


Muito pensei esta tarde sobre o que postar, afinal, há muito nada escrevo. Dentre tantos acontecimentos nesses últimos dias, em que as atenções se concentravam e dissipavam dia após dia, em rumos opostos, paralelos. Dia em que começou com o tão badalado casamento britânico, um mundo parado para assistir a união da plebéia e o príncipe da monarquia inglesa, milhões de dinheiro para a realização da festa e milhões de pessoas dispostas a pagarem a conta, e a engenhosidade da publicidade e marketing tão bem executados que o mundo parou para ver e eu lá no trabalho querendo tirar as pessoas do refeitório para ir iniciar a jornada de mais um dia de trabalho, afinal, alguém vai ter que pagar essa conta. A realização de um conto de fadas, mas o meu dia foi mesmo. Como se não bastasse, lá me vem o Vaticano e sua manobra de marketing e publicidade tão bem elaborada, afim de fazer o mundo se voltar para Roma Católica e encher os cofres um pouco mais. O Papa João Paulo II vira santo, a Igreja ganha adeptos, o mundo pára para vê-la, e a economia se movimenta. Fatos que nos fazem lembrar dos tempos de escola, dos Impérios...em qual estar maior encanto?, e como nos tempos antigos, Monarquia e Igreja disputam domínios, mas não através da força pois o mundo parece ser outro, parece...publicidade de uma Monarquia encantadora, de conto de fadas, de união de príncipe e plebéia...de uma Igreja de ações milagrosas, de salvação, na tentativa de acordar corações adormecidos...
Mas no mundo moderno, o fato de maior destaque, e para surpresas do marketing da Monarquia e da Igreja, surge o Império dos EUA, e noticia a morte do homem mais procurado do mundo, afinal, o mundo é os EUA?, bem...e num golpe de marketing e publicidade rouba a cena e muda a direção dos olhos do planeta para a América e na briga por domínios, aquele que se estabelece pela força continua a ganhar...e a morte parecer ser ainda o maior propulsor de atenções...e nem conto de fadas, nem milagres...a morte é mais real e o ser humano ainda vive com os pés no chão...e até que 2016 chegue e a China passe os EUA, eles coloquem os pés no chão também, nada foi tão mais comemorado que a morte do Osama Bin Laden...E nada me chamou mais a atenção essa semana do que a minha vontade de ficar em casa e perceber que há sensações que só o templo de sua casa pode transmitir, e que escrever e ler é o meu maior recreio, se acompanhado de um café então. E de tudo que aconteceu e acontece nesse momento, deixo palavras de Einstein, pois pra tudo deve-se mais transpiração que inspiração...

O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Gente Faz A Festa...


A alegria que chega de repente, entorpece
Que faz tolo o sábio, do pranto um brado
Que da fria razão se enlouquece
Do sentimento gélido, ferve desvairado
Que nem na amnésia, de cada minuto se esquece
Cada riso, olhar compartilhado
E de toda a espera agora se embevece
E das partes o sentimento, unem-se, entrincheirado
E o olhar meticuloso de ambos, o sentimento enobrece
E se vem o pranto, é para o riso ser aumentado
Das fugas das maledicências, de prazer enaltece
Nem o por vir das intempéries, só o deixa extasiado
Cada pró e contra, tende para o fim, paixão seu clichê
Pois cada dia se torna para ambos, sempre mais adjetivado
No seu toque, na mente calma, torna-se um fuzuê
O seu olhar deixa o mundo "arritmado"
Num ser frio, transparece um platônico a mercê
No mais que tente o sentimento não surge explanado
Momento peculiar que o pobre de sentir, se faz enriquecer
Já as idéias não sendo possível da mente, lançar-se, exaltar
Verso este pontua, paixão meu parecer.










quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O desdém não visto(próprio)


Acordou, levantou, se arrumou e saiu para o trabalho, eram 6 da manhã...e trabalhou, trabalhou e trabalhou...as 22:00horas saiu do trabalho e foi pra casa naquele ônibus típico do paulistano...e lá se ia mais 2 horas do seu dia...encostou a cabeça na janela, pois por sorte conseguiu se sentar dessa vez e na janela, coisa rara...apesar do horário...começou a pensar...
Tudo tem seu tempo e isso é maravilhoso, como já dizia Drummond...em Cortar o Tempo...
Tem-se o tempo de apaixonar-se, e de ser solteiro...
A derrota para alguns é tão difícil de ser assimilada, que se transportam para um mundo tão seu, que passa a não perceber o quanto fora do real estar a viver, se embebeda na sua loucura...para não admitir que as coisas não saíram do jeito em que queria...já não sabe a diferença entre sanidade e insanidade...não compreende o desprezo e o confunde com desejo...o poder de receber um não, não é ouvido e sim visto...palavras são palavras...Se passa grande parte do tempo se policiando, para se dizer que é o que não consegue ser...tenta iludir a si mesmo...e como disse Mario Quintana:"- Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem." E nos milhões de palavras policiadas e jogadas ao vento para que cheguem aos ouvidos alheios se desfazem em ações contrárias...uma atitude, sem palavras...não há palavras de conforto que faça voltar o defunto...e o que antes se fazia status o estatiza no Estado do ridículo...e na sua mania de grandeza torna-se uma pequenez...e não podendo ser Nero ou Luís XIV...tenta transformar a "outrem" num mero pierrot...e a sua lucidez escassa passa a ser o momento de recreio nos que um dia "veio e creio nos seus anseios"...
O ônibus pula num buraco e ele bate com a cabeça no vidro, volta a real, olha o relógio e presta atenção a rua...levanta é hora de saltar...logo...desce e vai pra casa...um ser platônico por assim dizer...enaltecido de Quintana ela vai adormecer...

DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
Mário Quintana

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ainda bem que temos Memória...#PrasempreR9


Lembro ainda moleque, era dos games, lembro do Super Nitendo, e daquele jogo que fazia a cabeça de todos os meninos da rua, da escola, do bairro e do mundo sem dúvidas..."Ronaldinho Soccer 98", uma febre...Lembro ainda como se fosse hoje, todos querendo jogar com o Barcelona, todos querendo o craque em seu time...lembro da final da Copa 98, lembro da tristeza...da farra que a gente fez na casa do meu primo "Flávio", só menino, tudo moleque...farra regada a carne na assada e muito refri...como é preciso pouco pra ser feliz(as vezes)...alí ainda era no diminutivo...mas era já o "Fenômeno" e sempre será...lembro das lesões...aquela na Inter, em mais uma arrancada...ímpar.
A tristeza, que viria a ser superada mais uma vez, assim como a final de 98...que lindo calar a boca de muitos...não tive a chance de ver Zico, Garrincha, Pelé, etc...jogarem...mas vi Romário, Bebeto...mas e vi o "Fenômeno" já mais entendido do futebol...ele não representava um time, sim, um esporte, o futebol, a arte de jogar bonito, de fazer belos gols, as arrancadas(como aquela no Barça...), era uma alvoroço só em ele pegar na bola...nos estádios eram três torcidas a cada jogo: Uma do seu time, uma do adversário e uma do "Fenômeno". A sua volta a seleção na Copa 2002, foi genial, uma mar de gente que acreditava e uns poucos que não acreditavam...e agora já não mais no diminutivo, ele lá estava e fez o que fez...fez o país se vestir de Cascão, fez um mundo se vestir assim...e o seu já era ecoado em todos os lugares do mundo...representava alegria em qualquer lugar deste planeta e representará sempre...e eu no meu platonismo-fanático de torcedor acreditava em vê-lo na seleção mais vezes, afinal, pra se ter um "grafite" numa seleção de copa, um time do Brasil, era mil vezes o "Fenômeno", gordo ou não, sabe jogar mais do que os que ali foram...mas era a Era Dunga, e nós os zangados...a sua volta à pátria...e aquele gol contra o Santos, no estilo PS...encerram as dúvidas, um craque sempre craque...O mundo parou pra ver ele parar, os olhos encheram de lágrimas, e o que se viu foram muitos homens a chorar em rede nacional, o que se sentiu foi a perda de um filho, o mundo chorava a perda do filho prodígio do futebol...Ronaldo em campo, era torcer pro Corinthias perder e o Ronaldo fazer gol...afinal, ele não representava um time, ele representava o encanto que tem o futebol...#prasempreR9.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Biiahzinha.


Diante o pouco tempo convivido
Já se sabe o bastante pra receber
Aquele sentimento, pelo ego, reprimido
Mas que no sorriso seu se faz perceber

Num soneto declamo, quão bom foi ter te conhecido
Pessoa que chega de repente e se faz permanecer
Mostra que amizade não se escolhe, é sentido
Que no seu sorriso a alegria vem embevecer

Bela, nas ações que não se limitam ao "vestido"
Inteligente, pois não extravasa limites, mas se faz satisfazer
Amiga, és de fato, um sentimento jamais corrompido

Notável, por onde passa se faz estabelecer
Conquistadora, diante de ti, de defesa fica-se desprovido
Adorável, no progresso de tempo se aprofunda este parecer.

Tá aí...

Agora é "televisionado", é ao vivo!

Desde o final de semana venho pensando sobre o que postar, algumas idéias já veio a mente, mas nada foi escrito. Pois bem, vamos ao exercício de cadeira!
Passei o fim de semana lembrando dos meus tempos de escola, Ensino Médio mais precisamente, não que a nostalgia tenha me sucumbido, não é pela distância dos amigos e nem das meninas. Tenho lembrado do tempo das minhas aulas de história, da professora Marly Jane, e dos assuntos com maestria ali tratados(e como sofríamos), mas tínhamos as melhores aulas de história, fato. Tenho pensado como naquela época pensava eu que as guerras eram coisas do passado, que aquilo era coisa em que só se via nos livros. Desde os medievais até a Segunda Grande Guerra, e outras. Que ditadura era coisa do passado, que o ser humano estava mais humano, que o século XXI estava caminhando para o aperfeiçoamento das relações humanas, mera ilusão! Via nos filmes de guerras uma beleza bélica, mas que não passava de arte, e que a arte tem o poder mudar o fim das histórias, de embelezar o trágico, um exemplo; o filme "O Gladiador", quando o assiste não se pensa nas atrocidades em que o governo cometia e sim num semi-deus em que ficamos rezando para que volte a arena. Enfim, como dizia meu professor Gildeci de Oliveira Leite, a literatura(arte) pode dar um novo fim, pode transformar o impossível em possível. Mas o que ocupou minha mente de fato foi os acontecimentos recentes sobre casos e mais casos de ditadura, censura, apedrejamento, politicagem e cenas que se repetem ao longo da existência humana, parece as vezes melhor não ter sentimentos, ter só razão, mas razão é coisa do homem também. Acontecimentos como o do Egito, Tunísia me fazem sentir saudades dos tempos de escola, das minhas aulas de história, de poder acreditar que coisas só aconteceram num passado distante e jamais voltariam a acontecer..mera ilusão! Só de lembrar do movimento dos "Caras-Pintadas", "Diretas-Já"...que estudei na escola e que jamais se repetiria neste país, aí você pro Planalto e quem está lá de volta?, não tardará e ele lá chegará e chegará aclamado. E como já dizia a letra da música: "Que país é esse?", mas não..."Que povo é esse?".
Depois desse fato constatado, da volta triunfal, o que me resta é para por aqui meu post e algo bom, enfim, no MSN tem algo que me faz sorrir como nos tempos da escola...ela...salve a modernidade, evoluamos mais na relações humanas, assim como temos evoluido na tecnologia!
À nação
Conversa entre amigos
Para ilusão dos nós
Muitos bestificados e bestas
Inclusive: VOCÊ.
Romaro Veloso
09/09/05

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A despedida de uma Libertadores!


O dia pode começar de todas as formas possíveis que você nunca saberá como ele irá terminar. Pode começar bem, como uma ligação de alguém especial, de um trabalho especial, enfim...pode começar acordando atrasado para ir ao trabalho. O dia pode começar e logo acabar a energia em sua residência, mas pode acabar a noite depois de um belo resultado de futebol.

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
(Daí surgia o primeiro gol)
(O alarido tomava conta da capital)
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
(A surpresa do já "sabido" de todos)
(Olhos arregalados, cabeças a coçar)
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos dez-se a última chama
(Já era conter o pranto a muito contido)
(As emoções ficam pelo avesso)
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
(Subia na mente mais uma vez: Se...)
(E todo riso era agora choro; saía o segundo gol)
De repente, não mais que de repente
(Tudo se repetia...Eu nunca vou te abandonar!)
Fez-se de triste o que se fez amante
(O sonho de Libertadores virou tradição...sonho)
E de sozinho o que se fez contente
(Era cada um FIEL ao seu sofrimento, se isolavam)
Fez-se do amigo próximo o distante
(A nação era agora, cada um, um corpo ilhado)
Fez-se da vida uma aventura errante
(Continuaria a não navegar pelos mares nunca d´antes navegados)
De repente, não mais que de repente.
(Como uma comédia romântica inversa, fez-se da alegria o pranto)

O dia reserva surpresas, maravilhas, alegrias de uns, tristezas de outros. Há coisas que não nasceram uma para a outra, deve-se compreender isso, não se pode querer atravessar o oceano a nado.

"Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
Uma despedida pronta a se cumprir."





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Na falta do que fazer, nunca me faltou coragem.


Partiu, não olhou pra trás, não quis saber do ia ficar, não arrumou as malas e nem tampouco levou mágoas, simplesmente cumpriu o que havia falado. Uma decisão tomada não é um rascunho.
Entre idas e vindas da outra parte, se manteve firme e se avisou que a sua decisão seria definitiva. A razão deve ser usada independente de que tipo de relação está se tratando, tudo tem sua graça, até as revira-voltas que ocorrem ao desdém de sentimentos alheios. Sim tem graça, um lado motivacional e nada além...
Agir com emoção é algo do qual se fala constantemente, porém, a emoção de não se emocionar, de deixar de lado o coração e agir mais com a razão torna as pessoas mais coisas se visto com o "coração". Razão não é sinônimo de falta de emoção, é sim ponderação entre ambos é um equilíbrio necessário para amenizar o sofrimento humano. Ele vivia seus dias como se fossem rascunhos do mês, os meses rascunhos do ano e os anos como rascunhos da vida. Vai se programando os dias que virão, desenhando cada ação a ser tomada, como quem escreve a redação a lápis para depois passá-la a limpo. Sempre escrita na cor azul, por isso quando as contas passam o ano no vermelho é o sinal que fomos reprovados na redação da vida real, pelo menos no campo financeiro. Toda decisão deve "meticulosamente" pensada, deve-se analisar todas as possibilidades e chegar a um senso comum com as idéias que regem a sua filosofia de vida, o circulo em que está envolvida a decisão a ser tomada. Todos os ciclos devem ser fechados.
Quando a razão e a emoção não chegam a um senso, e se está em conflito interno deve-se sempre ter a paciência de continuar a analisar as possibilidades, decisões na vida pessoal não são como uma definição de quem vai cobrar o pênalti.

De tanto esperar, me chega o desejado
Dúvidas podem sucumbir-me, tentar
Uma decisão, nela não se pode "titumbiar"
O medo deixa-me mais encorajado

O ser ocupa-me todo o tempo acordado
Se durmo é só um pestanejar
À sua lembrança me coloco a dedicar
Dias viram anos pelo tão esperado

A timidez aqui tem se balbuciado
A emoção o ensejo em se revelar
Tudo é certeza, não há o que duvidar

Basta o coração por ti acelerado
Incerteza, a razão me fez superar
A muito esperei para se concretizar


Não tive como fazer em rascunhos, nem tomar as decisões para depois pensá-las, tive tempo pra todo tipo de mecanismos para afastar as dúvidas, elas se extinguiram. Toda atitude deve ser pensada. Uma decisão não é um rascunho.