sábado, 21 de maio de 2011

Dos primórdios até hoje em dia...a tolice da pureza!


Da época das aulas de História, dos tempos bons, em que ficava a imaginar aquelas guerras dos livros, e que chegava a pensar, no auge da inocência, que aquelas guerras podiam nem ter acontecido, talvez fosse só história, e isso justificasse o nome da matéria. Lá nos confins do interior da Bahia, regado de muito sol e na companhia de muita poeira, me sentia agraciado por não ter vivido época das guerras, que era somente coisa dos livros. Um trabalho de escola, um debate...
Enquanto houver homens que acreditem numa nação "étnica-pura", uma só religião, haverá guerra, enquanto houver guerra não existirá a paz. No Oriente Médio onde se faz da fé escudo para a execução da barbárie, enquanto se usar do terror como meditas anti-terroristas, os conflitos ão de se perpetuar. Um país que tenta, não dominar o outro, o seu povo, seu território, seu petróleo, não colonizar, mas tenta exterminar uma raça, pois só a humilhação não é o suficiente, então, se destroem casas, centros culturais, estradas, derrubam todas as árvores possíveis, corta-se o fornecimento de energia, a agua, desumanizam um povo e o mundo assiste aos episódios midiáticos. Israel tentar eliminar os palestinos, uma espécie de Holocausto, os EUA uma vez com George W. Bush, apoiara Sharon afim do petróleo barato, para isso inventaram conspirações, bombas químicas, terrorismo, e usam da velha máxima popular, "o ataque é a melhor defesa", e se dão carta branca. Eis que o Barack Obama surge com mais uma novidade na diplomacia americana, em seu último discurso. Todavia, sozinha, a posição de princípio não muda muita coisa, contudo, o presidente americano pode até querer um dia apostar no diálogo entre palestinos e israelenses, mas sabe que, a um ano e meio das , eleições, não é este o momento certo para pressionar Israel, sob o risco de perder votos decisivos, afinal, seu momento político não é lá dos melhores apesar do caso Bin Laden, porém, foi o reconhecimento da urgência de duas questões específicas do conflito: o status final de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos, o que mais chama atenção, coisa impensável na era Bush. Palestinos, humilhados, encurralados, se enxergam sem saída, e aí está o "perigo", a extensão dos conflitos, pois como já dizia Sun Tzu "-Quando o inimigo estiver sem saída, lhes dêem uma saída, ou então, perderá milhares dos seus com a resistência". Como escreveu Otávio Paz: "Num mundo fechado e sem saída, no qual tudo está morto, a única coisa que vale é a morte"... e ão de multiplicar os mártires. De um lado, a Fundação violenta do Estado de Israel, e do outro, o terrorismo...ambos agem erroneamente, o diálogo parece não caber neste roteiro.
Que os estadistas, governantes, diplomatas, que encontrem um caminho, leve à soberania a todos os povos. pois se não. até quando poderemos nos chamarmos de "nos?". Usem da razão e sigam o coração, a lembrar: "O coração, que estará sempre do lado da vida, ele nos diz que é melhor viver e viver juntos ainda que separados, do que morrer um pela mão do outro no ódio.*" Com uma atitude simples, como pedia Bob Marley, "Se todos se derem as mãos, quem sacará as armas?"..., o mundo seria abraçado, e eu tão somente veria esses assuntos em trabalhos e debates escolares.


*Un très proche Oriente, Paroles de Paux.
Imagem 1 do site pyndorama.com
Imagem 2 do site blig.ig.com.br/geomarcelocoelho

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Colonizado, mas Chique!




Metrô aqui!
Muito se critica da colonização do Brasil pelos portugueses, dizem ser o motivo de tanto atraso, mas como colonizador, os portugueses trouxeram progresso ao país(colônia), apesar dos motivos da vinda da corte portuguesa para o Brasil não ter sido, assim por dizer, uma busca de progresso para a colônia. Bem...governos quando querem tomar conta de um país, nação, logo tentam dominar a imprensa e todo tipo de mídia, é um meio mais fácil de passar uma imagem surreal dos fatos, afim simplesmente de manipular as informações, não que seja necessário mentir, porém a omissão dos fatos já são suficientes. Logo vem a imposição de cultura, religião, e a língua como meio de colonizar que passa despercebido e exerce grande poder e influência, e que geralmente penetra numa sociedade sem que a mesma perceba e esta nem se vê como tal. Se há uma resistência no colonizado, há também uma admiração. Assim como no Brasil-colônia, em que os burgueses admiravam os portugueses(europeus), e desejavam tudo que de lá vinham, e de tudo faziam para ter reconhecimento da elite européia e poder usar suas falas, roupas e se sentirem mais importantes, o que hoje acontece ainda, mas muito mais com os americanos, e muito se critica os americanos por quererem dominar o mundo, por impor seus ideais onde quer que seja, porém, o que mais se vê, são pessoas da elite brasileira fazendo de um tudo para receber elogios de americanos e mais que a elite, a população querendo falar a língua americana(tudo bem que seja a língua "universal")(falar inglês é mais que globalização, trás status), todavia, ainda não aprenderam nem o português brasileiro e o que é pior desprezam a língua mãe. Deveriam copiar dos americanos o patriotismo, pois isso é o que faz deles o império que são. Não incomum é ver em lojas, shoppings...anúncios do tipo; "sale, 50% off, outlet, etc...", liquidação é para o pobre. Os americanos colonizam as mentes nacionais através da língua, e o povo do século XXI, assim como no tempo da colônia acha chique ser colonizado só não se admite como tal. E esse colonialismo vive tão impregnado no modo de ser, agir e pensar, que só se quer o que não tem, o que é do próximo, o que não se pode ter, o status continua a ser o desejo maior das "civilizações", como fora na época de Dom João(Luís, Nero, FHC, Dilma...). Deste modo os milionários vão colonizando os ricos que por sua vez vão colonizando as "classes médias"(classe da moda entre os pobres do país, objeto de desejo) e essas vão colonizando os pobres. Não faço campanha ao Xenofobismo que vez ou outra fica em "moda", pelo contrário o repudio, afinal, o estrangeirismo trás muitos benefícios, o problema não é a admiração ao estrangeiro e sim a falta de admiração com o vernáculo e a pátria mãe(pelo menos respeito). O ser colonizado está mais explícito em nossas atitudes do que imaginamos, assim andar de metrô em Nova Iorque ou Londres é chique, já no Brasil...(Brasileiro no metrô de Londres é "gente elitizada", no metrô do Brasil #gente diferenciada").

Metrô lá!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para o momento faltou o Da Vinci!


Quando ali postado ao lado encostado no batente da porta da cozinha, a admirar a conversa de neto e avó, coisa rara para os nossos dias, a conversa ia de assuntos corriqueiros, desde novelas, a parentes, distantes e próximos, a animais e roça, e a fumaça continuava a sair do fogão à lenha e tomar conta da cozinha nos transportando ainda mais para o clima bucólico, coisa de interior e que tinha a graça da singularidade de cada caipira no modo de conter a fumaça, a bem dizer que ela ainda espantava os pernilongos visto que repelente ali era coisa de gramfino e que ali todos estavam distante dessa condição, porém, à mesa estava dois pães e um pedaço de bolo, e ali se aprenderia o dom da multiplicação, do trabalho em equipe e do respeito, coisas de culturas tão diferentes e vivenciadas em conjunto por assim dizer. O sol latejava no chão do quintal, e por entre as plantas ia fazendo a sua peneira por todo o terreno, pássaros nas gaiolas a cantarem, mais pela vontade de sair, poder voar de galho em galho, do que pelo sol visto de dentro das gaiolas, pois a graça aos olhos alheios era seu mais terrível sofrimento. Se vira o amigo a cortar o pão não fora por acaso, cada um em dois pedaços e o bolo em quatro, e a cada pedaço ia se dando o nome de cada morador daquela casa, de cada membro daquela família, situação unica, jamais presenciada no seu próprio lar, visto que cá em seus territórios haveria discussão até para buscar o pão ainda que fosse dois pra cada membro da sua família, a briga persistiria e aquele dia não mudaria o cotidiano em seu lar, porém...depois de partidos todos os pedaços e os nomes dados a todos, eis que ele pega o com o seu nome e o oferece um pedaço, e esse seria o pedaço do pedaço do pedaço do bolo, e se não aceitou não foi pelo pedaço e sim pelo que o deixara perplexo, coisa nunca vista, divisão tão bem executada e sem desavença, como aquilo fora possível, como aquilo acontecia entre humanos, parecia impossível de acreditar...uma espécie de que nem vendo acredito...ele saboreava o seu pedaço e insistia para que aceitasse pois estava muito bom, não aceitar era se pôr em seu lugar e entender que aquele tipo de respeito e cuidado ainda não lhe cabia, a saber que os de cá não o fariam daquela forma, alguém comeria um pão ou até os dois, o outro bolo e alguém ou uns dois ficariam a mercê da fome...não necessitava daquele pedaço de bolo, mas sim do aquele pedaço de bolo passara a representar em seus dias, e que o significado de família e amizade era muito além do que compreendia até aquele momento, e que a fartura está em atitudes de benevolência, e que lembrar dos outros não é só sentir saudades e sim cuidar em cada ato de "pouca importância", nunca não duvidar do óbvio...não transforma-se vinho em água, nem tampouco água em vinho...aprendera que um pedaço de bolo não mataria a fome de quatro pessoas, mas que cada pedaço daquele bolo tornaria cada um melhor que antes, que cada pedaço de pão naquela casa tornava o emprego da palavra família ali mais adequado do que em qualquer outro lugar em que estivera até aqueles dias, que para ser melhor não precisaria comprar todos os bolos do mundo ou todos os pães do planeta, vira que era preciso tão somente dividir, e que esta era mais acessível e menos tentador na inversão da multiplicação, e sem que lhe fosse dita uma palavra com tom de ensinamento, aquele - Quer um pedaço? mostrara mais que os olhos pudessem enxergar, que ele sairia dali com a sensação de aprendizagem saciada, e orgulho pelo amigo aumentado e por aquela família também, e ele com a fome amenizada pelo pedaço de bolo...pelo trago de pão molhado no café que por essas alturas exalava o seu cheiro por toda a casa e disputava na cozinha espaço com a fumaça, o pedaço de pão, pedaço de bolo, raios de sol que entravam pela janela e refletiam no fogão à lenha na busca pelo café, o cantar dos pássaros que invadiam com maior fervor a cozinha, um neto, uma avó, um amigo...que se ali fosse noite seria a grande ceia, senão fosse cético seria santa, que se casa não fosse estábulo seria...tudo ali constituia um quadro quase perfeito do que deveria ser o homem. Talvez nem Michelangelo e nem Da Vinci conseguisse imprimir o que ali se passava, talvez com um Silk Screen passasse a catarse da sua alma, talvez...dias raros!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mundo melhor é você.


Muito pensei esta tarde sobre o que postar, afinal, há muito nada escrevo. Dentre tantos acontecimentos nesses últimos dias, em que as atenções se concentravam e dissipavam dia após dia, em rumos opostos, paralelos. Dia em que começou com o tão badalado casamento britânico, um mundo parado para assistir a união da plebéia e o príncipe da monarquia inglesa, milhões de dinheiro para a realização da festa e milhões de pessoas dispostas a pagarem a conta, e a engenhosidade da publicidade e marketing tão bem executados que o mundo parou para ver e eu lá no trabalho querendo tirar as pessoas do refeitório para ir iniciar a jornada de mais um dia de trabalho, afinal, alguém vai ter que pagar essa conta. A realização de um conto de fadas, mas o meu dia foi mesmo. Como se não bastasse, lá me vem o Vaticano e sua manobra de marketing e publicidade tão bem elaborada, afim de fazer o mundo se voltar para Roma Católica e encher os cofres um pouco mais. O Papa João Paulo II vira santo, a Igreja ganha adeptos, o mundo pára para vê-la, e a economia se movimenta. Fatos que nos fazem lembrar dos tempos de escola, dos Impérios...em qual estar maior encanto?, e como nos tempos antigos, Monarquia e Igreja disputam domínios, mas não através da força pois o mundo parece ser outro, parece...publicidade de uma Monarquia encantadora, de conto de fadas, de união de príncipe e plebéia...de uma Igreja de ações milagrosas, de salvação, na tentativa de acordar corações adormecidos...
Mas no mundo moderno, o fato de maior destaque, e para surpresas do marketing da Monarquia e da Igreja, surge o Império dos EUA, e noticia a morte do homem mais procurado do mundo, afinal, o mundo é os EUA?, bem...e num golpe de marketing e publicidade rouba a cena e muda a direção dos olhos do planeta para a América e na briga por domínios, aquele que se estabelece pela força continua a ganhar...e a morte parecer ser ainda o maior propulsor de atenções...e nem conto de fadas, nem milagres...a morte é mais real e o ser humano ainda vive com os pés no chão...e até que 2016 chegue e a China passe os EUA, eles coloquem os pés no chão também, nada foi tão mais comemorado que a morte do Osama Bin Laden...E nada me chamou mais a atenção essa semana do que a minha vontade de ficar em casa e perceber que há sensações que só o templo de sua casa pode transmitir, e que escrever e ler é o meu maior recreio, se acompanhado de um café então. E de tudo que aconteceu e acontece nesse momento, deixo palavras de Einstein, pois pra tudo deve-se mais transpiração que inspiração...

O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer!