sexta-feira, 15 de março de 2013

Continuação...


Únicos presidentes da câmara de vereadores de Iraquara com as contas aprovadas sem ressalvas pelo TCM-BA, segundo histórico que consta no site do mesmo.

Ano 1991 – Presidente da Câmara: Joaquim Ramos Araújo
Exercício: 1991  
Processo: 03425-92

Ano 1994 – Presidente da Câmara: Walterson Ribeiro Coutinho
Exercício: 1994
Processo: 03536-95

Ano 1996 – Presidente da Câmara: Cresio Ribeiro Rola
Exercício: 1996
Processo: 05712-97

Prefeito de Iraquara com maior número de contas rejeitadas pelo TCM-BA:

Anos 1990 e 1991,  prefeitura sob o comando do prefeito Haroldo Geraldo de Souza.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Os cavalos de Eli


Um pônei que era de Túlio, que foi de Flávio, que na verdade era de Eli, que na verdade era de todo mundo ali. Todo mundo queria ver o pônei, andar no pônei, porque era o diferente, pequeno, bonito, manso...e todo ali mundo era eu, Túlio, Flávio, Uriel, as vezes camarão, as vezes não. As vezes íamos no paredão, atras dele, as vezes ele tava na manga de Eli, as vezes no brejo, as vezes no São José, Canguçu, as vezes sabe lá deus aonde...se deixasse seria criado feito animal de estimação no quintal de casa, mas havia Eli para controlar certos impulsos. Época dos cavalos de Eli, da Sapateira, Eclides, do Cavalo de Arnaldo, que era de Túlio, que era de Flávio, que era de Uriel, que era de Eli, que já havíamos tentado mudar o nome mas nunca pegou o que ficou foi esse mesmo, era melhor para andar, talvez...tinha também o Juarez, mestre das brigas, cerca não o inibia, distancia tampouco, sempre ora vinha, ora fugia...e quando vinham os cavalos de Eli para a praça, descendo do Canguçu  para cuidar das clinas, das patas ou pés, escolhe como quer...a meninada toda em cima dos algarobas, para ver aquela festa, pois ali vinha também o Cavalo Pintado que era de verdade e era de Almir, um dos mais belos por ali, bem, e Ril que montava nos cavalos sem corta ou cabresto, era admirável...e o pônei lá, e 'tulhão' sempre babando...sempre que vinha do Bonito, bem, bonito mesmo era a nossa turma andando por aí, a cavalo a pé, correndo de gado aqui e acolá, vida boa de inventar...um dia o pônei morreu, como de se esperar a gente padeceu, uma tristeza nos abateu, e tulhão não queria deixar que os urubus...fazer o seu trabalho, mas é o sistema, uma cobra o atacou...fora levado lá para os fins do paredão, enquanto a lagrima caia voltamos em consternação,  unidos e inseparáveis, do Lobato pelo areão, e naquela desolação fomos para casa de Walair, ali nos veio o conselho e a distração, assistindo os cavaleiros distanciamos daquela situação, no fim do desenho já éramos só animação, nem entendíamos que aquilo tinha lá sua razão era a natureza em sua manifestação, e assim uns nascem, outros morrem, uns são amigos, outros parentes, outros irmãos...e assim seguíamos sem perceber a nossa união, ser criança, uma benção.


Ilustração by JV Munduruca!