quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Gente Faz A Festa...


A alegria que chega de repente, entorpece
Que faz tolo o sábio, do pranto um brado
Que da fria razão se enlouquece
Do sentimento gélido, ferve desvairado
Que nem na amnésia, de cada minuto se esquece
Cada riso, olhar compartilhado
E de toda a espera agora se embevece
E das partes o sentimento, unem-se, entrincheirado
E o olhar meticuloso de ambos, o sentimento enobrece
E se vem o pranto, é para o riso ser aumentado
Das fugas das maledicências, de prazer enaltece
Nem o por vir das intempéries, só o deixa extasiado
Cada pró e contra, tende para o fim, paixão seu clichê
Pois cada dia se torna para ambos, sempre mais adjetivado
No seu toque, na mente calma, torna-se um fuzuê
O seu olhar deixa o mundo "arritmado"
Num ser frio, transparece um platônico a mercê
No mais que tente o sentimento não surge explanado
Momento peculiar que o pobre de sentir, se faz enriquecer
Já as idéias não sendo possível da mente, lançar-se, exaltar
Verso este pontua, paixão meu parecer.










quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O desdém não visto(próprio)


Acordou, levantou, se arrumou e saiu para o trabalho, eram 6 da manhã...e trabalhou, trabalhou e trabalhou...as 22:00horas saiu do trabalho e foi pra casa naquele ônibus típico do paulistano...e lá se ia mais 2 horas do seu dia...encostou a cabeça na janela, pois por sorte conseguiu se sentar dessa vez e na janela, coisa rara...apesar do horário...começou a pensar...
Tudo tem seu tempo e isso é maravilhoso, como já dizia Drummond...em Cortar o Tempo...
Tem-se o tempo de apaixonar-se, e de ser solteiro...
A derrota para alguns é tão difícil de ser assimilada, que se transportam para um mundo tão seu, que passa a não perceber o quanto fora do real estar a viver, se embebeda na sua loucura...para não admitir que as coisas não saíram do jeito em que queria...já não sabe a diferença entre sanidade e insanidade...não compreende o desprezo e o confunde com desejo...o poder de receber um não, não é ouvido e sim visto...palavras são palavras...Se passa grande parte do tempo se policiando, para se dizer que é o que não consegue ser...tenta iludir a si mesmo...e como disse Mario Quintana:"- Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem." E nos milhões de palavras policiadas e jogadas ao vento para que cheguem aos ouvidos alheios se desfazem em ações contrárias...uma atitude, sem palavras...não há palavras de conforto que faça voltar o defunto...e o que antes se fazia status o estatiza no Estado do ridículo...e na sua mania de grandeza torna-se uma pequenez...e não podendo ser Nero ou Luís XIV...tenta transformar a "outrem" num mero pierrot...e a sua lucidez escassa passa a ser o momento de recreio nos que um dia "veio e creio nos seus anseios"...
O ônibus pula num buraco e ele bate com a cabeça no vidro, volta a real, olha o relógio e presta atenção a rua...levanta é hora de saltar...logo...desce e vai pra casa...um ser platônico por assim dizer...enaltecido de Quintana ela vai adormecer...

DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
Mário Quintana

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ainda bem que temos Memória...#PrasempreR9


Lembro ainda moleque, era dos games, lembro do Super Nitendo, e daquele jogo que fazia a cabeça de todos os meninos da rua, da escola, do bairro e do mundo sem dúvidas..."Ronaldinho Soccer 98", uma febre...Lembro ainda como se fosse hoje, todos querendo jogar com o Barcelona, todos querendo o craque em seu time...lembro da final da Copa 98, lembro da tristeza...da farra que a gente fez na casa do meu primo "Flávio", só menino, tudo moleque...farra regada a carne na assada e muito refri...como é preciso pouco pra ser feliz(as vezes)...alí ainda era no diminutivo...mas era já o "Fenômeno" e sempre será...lembro das lesões...aquela na Inter, em mais uma arrancada...ímpar.
A tristeza, que viria a ser superada mais uma vez, assim como a final de 98...que lindo calar a boca de muitos...não tive a chance de ver Zico, Garrincha, Pelé, etc...jogarem...mas vi Romário, Bebeto...mas e vi o "Fenômeno" já mais entendido do futebol...ele não representava um time, sim, um esporte, o futebol, a arte de jogar bonito, de fazer belos gols, as arrancadas(como aquela no Barça...), era uma alvoroço só em ele pegar na bola...nos estádios eram três torcidas a cada jogo: Uma do seu time, uma do adversário e uma do "Fenômeno". A sua volta a seleção na Copa 2002, foi genial, uma mar de gente que acreditava e uns poucos que não acreditavam...e agora já não mais no diminutivo, ele lá estava e fez o que fez...fez o país se vestir de Cascão, fez um mundo se vestir assim...e o seu já era ecoado em todos os lugares do mundo...representava alegria em qualquer lugar deste planeta e representará sempre...e eu no meu platonismo-fanático de torcedor acreditava em vê-lo na seleção mais vezes, afinal, pra se ter um "grafite" numa seleção de copa, um time do Brasil, era mil vezes o "Fenômeno", gordo ou não, sabe jogar mais do que os que ali foram...mas era a Era Dunga, e nós os zangados...a sua volta à pátria...e aquele gol contra o Santos, no estilo PS...encerram as dúvidas, um craque sempre craque...O mundo parou pra ver ele parar, os olhos encheram de lágrimas, e o que se viu foram muitos homens a chorar em rede nacional, o que se sentiu foi a perda de um filho, o mundo chorava a perda do filho prodígio do futebol...Ronaldo em campo, era torcer pro Corinthias perder e o Ronaldo fazer gol...afinal, ele não representava um time, ele representava o encanto que tem o futebol...#prasempreR9.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Biiahzinha.


Diante o pouco tempo convivido
Já se sabe o bastante pra receber
Aquele sentimento, pelo ego, reprimido
Mas que no sorriso seu se faz perceber

Num soneto declamo, quão bom foi ter te conhecido
Pessoa que chega de repente e se faz permanecer
Mostra que amizade não se escolhe, é sentido
Que no seu sorriso a alegria vem embevecer

Bela, nas ações que não se limitam ao "vestido"
Inteligente, pois não extravasa limites, mas se faz satisfazer
Amiga, és de fato, um sentimento jamais corrompido

Notável, por onde passa se faz estabelecer
Conquistadora, diante de ti, de defesa fica-se desprovido
Adorável, no progresso de tempo se aprofunda este parecer.

Tá aí...

Agora é "televisionado", é ao vivo!

Desde o final de semana venho pensando sobre o que postar, algumas idéias já veio a mente, mas nada foi escrito. Pois bem, vamos ao exercício de cadeira!
Passei o fim de semana lembrando dos meus tempos de escola, Ensino Médio mais precisamente, não que a nostalgia tenha me sucumbido, não é pela distância dos amigos e nem das meninas. Tenho lembrado do tempo das minhas aulas de história, da professora Marly Jane, e dos assuntos com maestria ali tratados(e como sofríamos), mas tínhamos as melhores aulas de história, fato. Tenho pensado como naquela época pensava eu que as guerras eram coisas do passado, que aquilo era coisa em que só se via nos livros. Desde os medievais até a Segunda Grande Guerra, e outras. Que ditadura era coisa do passado, que o ser humano estava mais humano, que o século XXI estava caminhando para o aperfeiçoamento das relações humanas, mera ilusão! Via nos filmes de guerras uma beleza bélica, mas que não passava de arte, e que a arte tem o poder mudar o fim das histórias, de embelezar o trágico, um exemplo; o filme "O Gladiador", quando o assiste não se pensa nas atrocidades em que o governo cometia e sim num semi-deus em que ficamos rezando para que volte a arena. Enfim, como dizia meu professor Gildeci de Oliveira Leite, a literatura(arte) pode dar um novo fim, pode transformar o impossível em possível. Mas o que ocupou minha mente de fato foi os acontecimentos recentes sobre casos e mais casos de ditadura, censura, apedrejamento, politicagem e cenas que se repetem ao longo da existência humana, parece as vezes melhor não ter sentimentos, ter só razão, mas razão é coisa do homem também. Acontecimentos como o do Egito, Tunísia me fazem sentir saudades dos tempos de escola, das minhas aulas de história, de poder acreditar que coisas só aconteceram num passado distante e jamais voltariam a acontecer..mera ilusão! Só de lembrar do movimento dos "Caras-Pintadas", "Diretas-Já"...que estudei na escola e que jamais se repetiria neste país, aí você pro Planalto e quem está lá de volta?, não tardará e ele lá chegará e chegará aclamado. E como já dizia a letra da música: "Que país é esse?", mas não..."Que povo é esse?".
Depois desse fato constatado, da volta triunfal, o que me resta é para por aqui meu post e algo bom, enfim, no MSN tem algo que me faz sorrir como nos tempos da escola...ela...salve a modernidade, evoluamos mais na relações humanas, assim como temos evoluido na tecnologia!
À nação
Conversa entre amigos
Para ilusão dos nós
Muitos bestificados e bestas
Inclusive: VOCÊ.
Romaro Veloso
09/09/05

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A despedida de uma Libertadores!


O dia pode começar de todas as formas possíveis que você nunca saberá como ele irá terminar. Pode começar bem, como uma ligação de alguém especial, de um trabalho especial, enfim...pode começar acordando atrasado para ir ao trabalho. O dia pode começar e logo acabar a energia em sua residência, mas pode acabar a noite depois de um belo resultado de futebol.

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
(Daí surgia o primeiro gol)
(O alarido tomava conta da capital)
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
(A surpresa do já "sabido" de todos)
(Olhos arregalados, cabeças a coçar)
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos dez-se a última chama
(Já era conter o pranto a muito contido)
(As emoções ficam pelo avesso)
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
(Subia na mente mais uma vez: Se...)
(E todo riso era agora choro; saía o segundo gol)
De repente, não mais que de repente
(Tudo se repetia...Eu nunca vou te abandonar!)
Fez-se de triste o que se fez amante
(O sonho de Libertadores virou tradição...sonho)
E de sozinho o que se fez contente
(Era cada um FIEL ao seu sofrimento, se isolavam)
Fez-se do amigo próximo o distante
(A nação era agora, cada um, um corpo ilhado)
Fez-se da vida uma aventura errante
(Continuaria a não navegar pelos mares nunca d´antes navegados)
De repente, não mais que de repente.
(Como uma comédia romântica inversa, fez-se da alegria o pranto)

O dia reserva surpresas, maravilhas, alegrias de uns, tristezas de outros. Há coisas que não nasceram uma para a outra, deve-se compreender isso, não se pode querer atravessar o oceano a nado.

"Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
Uma despedida pronta a se cumprir."





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Na falta do que fazer, nunca me faltou coragem.


Partiu, não olhou pra trás, não quis saber do ia ficar, não arrumou as malas e nem tampouco levou mágoas, simplesmente cumpriu o que havia falado. Uma decisão tomada não é um rascunho.
Entre idas e vindas da outra parte, se manteve firme e se avisou que a sua decisão seria definitiva. A razão deve ser usada independente de que tipo de relação está se tratando, tudo tem sua graça, até as revira-voltas que ocorrem ao desdém de sentimentos alheios. Sim tem graça, um lado motivacional e nada além...
Agir com emoção é algo do qual se fala constantemente, porém, a emoção de não se emocionar, de deixar de lado o coração e agir mais com a razão torna as pessoas mais coisas se visto com o "coração". Razão não é sinônimo de falta de emoção, é sim ponderação entre ambos é um equilíbrio necessário para amenizar o sofrimento humano. Ele vivia seus dias como se fossem rascunhos do mês, os meses rascunhos do ano e os anos como rascunhos da vida. Vai se programando os dias que virão, desenhando cada ação a ser tomada, como quem escreve a redação a lápis para depois passá-la a limpo. Sempre escrita na cor azul, por isso quando as contas passam o ano no vermelho é o sinal que fomos reprovados na redação da vida real, pelo menos no campo financeiro. Toda decisão deve "meticulosamente" pensada, deve-se analisar todas as possibilidades e chegar a um senso comum com as idéias que regem a sua filosofia de vida, o circulo em que está envolvida a decisão a ser tomada. Todos os ciclos devem ser fechados.
Quando a razão e a emoção não chegam a um senso, e se está em conflito interno deve-se sempre ter a paciência de continuar a analisar as possibilidades, decisões na vida pessoal não são como uma definição de quem vai cobrar o pênalti.

De tanto esperar, me chega o desejado
Dúvidas podem sucumbir-me, tentar
Uma decisão, nela não se pode "titumbiar"
O medo deixa-me mais encorajado

O ser ocupa-me todo o tempo acordado
Se durmo é só um pestanejar
À sua lembrança me coloco a dedicar
Dias viram anos pelo tão esperado

A timidez aqui tem se balbuciado
A emoção o ensejo em se revelar
Tudo é certeza, não há o que duvidar

Basta o coração por ti acelerado
Incerteza, a razão me fez superar
A muito esperei para se concretizar


Não tive como fazer em rascunhos, nem tomar as decisões para depois pensá-las, tive tempo pra todo tipo de mecanismos para afastar as dúvidas, elas se extinguiram. Toda atitude deve ser pensada. Uma decisão não é um rascunho.